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Durov em Paris: O fundador do Telegram aterrissa em polêmica na Cidade Luz
Telegram sob investigação: Fundador é preso em Paris

Imagem: Reuters
Expect the Unexpected: Quem diria que o criador de um dos apps de mensagem mais populares do mundo acabaria em uma cela francesa? Pois é, Pavel Durov, o gênio por trás do Telegram, trocou os luxos de Dubai pelas grades de Paris em uma história digna de um filme de suspense.
🇷🇺 De São Petersburgo a Dubai: a trajetória de um rebelde digital
Durov, um russo de 39 anos com uma fortuna estimada em US$ 15,5 bilhões, não é um magnata da tecnologia comum. Conhecido por sua postura anti-establishment e por defender a privacidade digital com unhas e dentes, ele fundou o Telegram em 2013 com seu irmão Nikolai, depois de ter criado a "VK", uma espécie de "Facebook russo".
Em 2014, cansado das pressões do governo russo para censurar o conteúdo da VK, Durov deixou a Rússia e, como um nômade digital, passou por Berlim, Londres, Cingapura e São Francisco, até se estabelecer em Dubai, um paraíso fiscal com leis de internet mais flexíveis.
🧨 Telegram: o mensageiro da liberdade... e do caos?

Um oásis digital ou um ninho de víboras? | Imagem: Ivan Radic/Flickr
Com 900 milhões de usuários, o Telegram se tornou um gigante da comunicação, conhecido por sua criptografia inquebrável e por ser um refúgio para quem busca informações sem censura. Mas essa liberdade tem um preço: o app se tornou também um playground para extremistas, traficantes e criminosos de todos os tipos.
🫵 Acusações e a busca por "imunidade"
Durov foi detido no aeroporto de Le Bourget, em Paris, acusado de não tomar medidas para impedir o uso do Telegram para fins criminosos. A Justiça francesa o considera cúmplice de crimes como tráfico de drogas, pedofilia e fraudes, alegando que a falta de moderação na plataforma torna Durov responsável pelo que acontece dentro dela.
Vítima ou vilão? O caso Durov levanta um debate crucial: qual a responsabilidade dos criadores de plataformas digitais pelo conteúdo que circula nelas? Ele é um mártir da liberdade de expressão, perseguido por governos autoritários? Ou um bilionário irresponsável que lucra com o caos digital?
O futuro de Durov ainda é incerto, mas uma coisa é certa: sua prisão é um marco na batalha pela internet livre. Se ele for considerado culpado, as implicações para o futuro das plataformas digitais serão enormes. Mas se ele for inocentado, será uma vitória para a liberdade de expressão e para a privacidade online.
Fontes: The Guardian / Financial Times