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Powell: "Hora de dar um freio de mão" na taxa de juros dos EUA

O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, deu um recado claro no esperado discurso do simpósio de Jackson Hole: o tempo de aperto monetário acabou. A era dos juros altos nos EUA está com os dias contados.

Imagem: Reuters

“Chegou a hora de ajustar a política. Minha confiança cresceu de que a inflação está a caminho de 2%”, afirmou Powell, sinalizando que o Fed, o banco central americano, está pronto para começar a cortar juros na próxima reunião do Fomc, em setembro.

🤔 O que mudou? A inflação, que chegou a dar um susto nos americanos em 2022, finalmente está sob controle. O indicador que o Fed prefere, que mede a inflação de forma mais abrangente, mostra uma alta de 2,5% nos últimos 12 meses, bem abaixo do pico de 8.9% de junho de 2022.

A inflação atingiu a máxima de 8,9% em junho de 2022.

Variação percentual em 12 meses, com ajuste sazonal. Fonte: Bureau of Labor Statistics

A situação no mercado de trabalho também deu uma trégua. Embora a taxa de desemprego tenha subido para 4,3%, Powell afirmou que esse aumento se deve a mais pessoas buscando trabalho e a um ritmo de contratações menos acelerado, e não a demissões em massa.

Taxa de desemprego dos Estados Unidos atinge 4,1% em Junho de 2024.

Imagem: Rushed Brasil

🚨 Cuidado com o freio de mão... Powell reforçou a importância de manter as expectativas de inflação sob controle. "Uma conclusão importante da experiência recente é que expectativas de inflação ancoradas, reforçadas por ações vigorosas do banco central, podem facilitar a desinflação sem a necessidade de folga", explicou.

Ou seja, o Fed está confiante que a inflação voltará para o objetivo de 2% sem precisar "machucar" a economia com cortes bruscos de juros.

O futuro da economia americana: As palavras de Powell acendem um sinal verde para a economia americana, que deve se beneficiar de uma política monetária mais branda. Mas, como o próprio presidente do Fed ressaltou, o momento e o ritmo dos cortes de juros dependerão dos dados, das perspectivas e do balanço de riscos.

Fontes: Reuters / Yahoo Finance